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Imagine um inimigo silencioso e “ardente” que se esconde onde menos esperamos – no próprio sistema digestório. Este adversário, conhecido como doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), não apenas causa desconforto, mas pode evoluir para uma condição mais severa e danosa, a esofagite erosiva (EE).

Neste contexto, a batalha se torna não apenas sobre aliviar os sintomas, mas sobre a cicatrização e a recuperação de um órgão vital: o esôfago.

Esôfago

O esôfago é um componente crucial do sistema digestório, atuando como um canal entre a boca e o estômago. Ele é responsável por transportar os alimentos ingeridos para serem digeridos e absorvidos. Este órgão tubular de aproximadamente 25 cm de comprimento possui uma musculatura complexa que facilita o movimento dos alimentos através da peristalse – ondas musculares coordenadas.

Além disso, o esôfago possui um papel importante na prevenção do refluxo de ácidos estomacais, graças ao esfíncter esofágico inferior (EEI). Em condições saudáveis, este esfíncter se fecha adequadamente após a passagem dos alimentos, impedindo que o conteúdo ácido do estômago retorne e cause danos ao esôfago.

Influências na Saúde do Esôfago

Do ponto de vista nutricional, a saúde do esôfago é diretamente impactada pelas escolhas alimentares e hábitos. Alimentos ácidos, picantes, café e bebidas alcoólicas, por exemplo, podem relaxar o esfíncter esofágico inferior, facilitando o refluxo ácido. A ingestão de alimentos grandes e pesados, especialmente antes de deitar, também pode aumentar o risco de refluxo gastroesofágico.

O tabagismo também tem um impacto significativo na saúde do esôfago. Fumar prejudica a função do EEI, aumentando o risco de refluxo do ácido estomacal para o esôfago, o que pode levar à DRGE. Além disso, os componentes tóxicos da fumaça do cigarro podem irritar e danificar o revestimento do esôfago, aumentando o risco de esofagite e até mesmo de câncer esofágico.

Dessa forma, cessar o tabagismo é uma medida fundamental para a manutenção da saúde esofágica, assim como é indicada uma dieta equilibrada e saudável, que favoreça a saúde esofágica. Isso inclui fazer refeições menores e mais frequentes (maior fracionamento da dieta), evitando alimentos e bebidas que desencadeiem o refluxo, e promover um estilo de vida saudável que inclua manutenção de um peso corporal adequado, pois a obesidade é um fator de risco conhecido para a DRGE.

Doença do Refluxo Gastroesofágico

A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma condição onde o ácido do estômago volta para o esôfago. Isso acontece quando o esfíncter esofágico inferior (que funciona como uma verdadeira válvula entre o esôfago e o estômago, como vimos anteriormente), não funciona corretamente. Isso pode causar sintomas como azia e regurgitação.

Esofagite Erosiva

A esofagite erosiva (EE) é uma forma mais grave da DRGE, onde o ácido que retorna do estômago causa inflamação e danos ao esôfago. Isso pode levar a feridas ou erosões na camada interna do esôfago. Os sintomas podem incluir dor ao deglutir (ao engolir), azia severa e, em casos graves, sangramento.

Imagem de endoscopia mostrando lesões esofágicas

Quanto à cicatrização de lesões esofágicas devido à EE, o tratamento geralmente envolve medicamentos para reduzir a quantidade de ácido no estômago, permitindo que o esôfago melhore seu estado. Em quase todas as situações, são necessárias mudanças na dieta ou no estilo de vida, como evitar alimentos que desencadeiam os sintomas, não comer tão próximo ao horário de dormir e perder peso, se for o caso. Em indivíduos com lesões mais graves, pode ser necessário um tratamento cirúrgico.

É importante lembrar que tanto a DRGE quanto a EE são condições sérias que requerem diagnóstico e tratamento médico e nutricional apropriados.

Como você pode ver, enfrentar o refluxo e a esofagite erosiva exige mais do que apenas intervenções médicas; requer uma abordagem integrada e holística. Aqui entra o papel vital do acompanhamento nutricional.

O Nutricionista tem a capacidade de influenciar significativamente a saúde do esôfago através de orientações alimentares personalizadas. Ajustar a dieta para evitar alimentos “gatilho”, promover refeições menores e mais frequentes, e ajudar na adoção de um estilo de vida mais saudável são etapas essenciais no manejo destas condições. Além disso, orientações para cessar o tabagismo e manter um peso saudável podem ser decisivas na prevenção e no tratamento da DRGE e da EE.

Portanto, é primordial buscar o acompanhamento de um nutricionista qualificado para garantir uma recuperação eficaz e uma melhor qualidade de vida. Clique aqui e me chame no WhatsApp, para agendarmos a sua consulta. Juntos, podemos seguir em uma jornada de saúde e bem-estar!