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A nutrição enteral é uma técnica salvadora que permite a alimentação de pacientes que não conseguem consumir alimentos por via oral, como também atuando em complementação à dieta oral em casos como câncer, baixa ingestão alimentar por inapetência (falta de apetite), etc.

Essencial para a manutenção da vida e saúde, ela também exige cuidados especializados com a hidratação, um componente vital de qualquer regime de alimentação, mas especialmente crítico quando se administra por sondas como nasoenterais, gastrostomias ou jejunostomias.

O Papel do Nutricionista

O nutricionista desempenha um papel fundamental na monitoramento da hidratação do paciente em nutrição enteral, o que deve ser feito com cuidado para evitar complicações, como o desconforto ou até aspiração pulmonar.

A água destinada à hidratação deve ser administrada de maneira separada da alimentação, normalmente entre as refeições, e a quantidade precisa ser cuidadosamente calculada e prescrita por profissionais de saúde, geralmente após uma avaliação médica detalhada. A infusão normalmente é feita com o uso de um frasco e deve seguir um ritmo lento, cerca de 30 minutos, para garantir que o paciente absorva adequadamente a água sem comprometer a função gástrica.

Frasco utilizado para hidratação por gotejamento gravitacional, mas também pode-se usar uma seringa e infundir por “bolus”

Precauções na Hidratação

É essencial que a água utilizada seja filtrada (ou previamente fervida) para garantir a segurança do paciente, evitando a exposição a patógenos (causadores de doenças). Além disso, o nutricionista, junto ao médico, deve estar atento para não sobrecarregar o estômago do paciente, o que pode causar desconforto e riscos de aspiração. É recomendado que a água não seja administrada imediatamente após a alimentação para evitar essas complicações.

A decisão sobre o volume total de água a ser administrado, bem como a frequência dessa administração, deve ser sempre personalizada pelo médico, considerando as necessidades específicas de hidratação do paciente, seu estado clínico, função renal e a tolerância à nutrição enteral.

A Prática da Hidratação

A prática de utilizar água com seringa, para “enxaguar” a sonda é igualmente importante. Essa técnica, que envolve a infusão de uma pequena quantidade de água através de uma seringa (nesse caso, imediatamente após a alimentação ou depois de passar medicamentos- macerados- pela sonda), é crucial para manter a sonda limpa e evitar obstruções, garantindo assim a segurança e eficácia do tratamento nutricional.

O nutricionista pode prescrever quanto de água pela seringa pode ser administrada ao paciente, assim como o enfermeiro e o médico.

A hidratação adequada é tão crucial quanto a alimentação quando se trata de nutrição enteral. É uma área que exige atenção especializada e cuidadosa, destacando o papel indispensável do nutricionista. Se você ou alguém que conhece está utilizando nutrição enteral e precisa de suporte especializado para gerenciar tanto a nutrição quanto a hidratação, não hesite em buscar ajuda profissional.

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