Você já se sentiu estranho após uma refeição ou de repente percebeu que não estava se sentindo bem após acordar, ou no meio da tarde? Muitas vezes, essas sensações estão relacionadas aos níveis de açúcar no sangue, algo que merece uma atenção especial.
Por isso, é crucial você entender a diferença entre dois estados extremos que podem afetar seu bem-estar: hiperglicemia e hipoglicemia.
O que é Hiperglicemia?
A hiperglicemia ocorre quando os níveis de açúcar no sangue estão elevados. Isso geralmente acontece quando o corpo não produz insulina suficiente ou não a utiliza de maneira eficaz.
A insulina é um hormônio que ajuda a transportar a glicose para as células do corpo, onde é usada como energia. Quando a glicose não entra nas células adequadamente, ela se acumula na corrente sanguínea, resultando em hiperglicemia.
Sintomas de Hiperglicemia:
- Sede excessiva, boca seca
- Micção frequente (urinar frequentemente)
- Visão turva
- Fadiga (cansaço)
- Confusão mental ou dor de cabeça
- Feridas que demoram a cicatrizar
Tratamento Nutricional para Hiperglicemia:
Como nutricionista, uma das abordagens fundamentais que faço é monitorar a glicemia (quantidade de glicose no sangue) e controlar a ingestão de carboidratos do paciente.
Recomendo optar por carboidratos complexos, como grãos integrais, vegetais e frutas com moderação, em vez de carboidratos simples, como açúcares refinados (açúcar cristal), pão branco e arroz branco .
É importante também considerar o tamanho das porções e a distribuição dos alimentos ao longo do dia para evitar picos de glicose no sangue.
O que é Hipoglicemia?
Por outro lado, a hipoglicemia ocorre quando os níveis de açúcar no sangue estão muito baixos. Isso normalmente acontece quando há um excesso de insulina no corpo, levando a uma queda rápida do açúcar no sangue.
Sintomas de Hipoglicemia:
- Sensação de fome extrema, náuseas
- Tremores
- Sudorese (suor frio, intenso)
- Tontura, palidez, sonolência ou desmaios
- Cansaçõ, confusão mental, irritabilidade ou dor de cabeça
- Batimentos cardíacos acelerados
Tratamento Nutricional para Hipoglicemia:
Para pacientes com hipoglicemia, o recomendado é que se planeje refeições que incluam proteínas, gorduras saudáveis (como as das castanhas) e carboidratos de absorção lenta. Esses alimentos ajudam a estabilizar os níveis de açúcar no sangue ao longo do tempo. Evitar longos períodos sem comer também é importante para prevenir quedas bruscas de glicose.
Dificuldade na Identificação dos Sintomas
Certamente, é importante ressaltar que identificar se os sintomas estão relacionados à hiperglicemia ou hipoglicemia pode ser desafiador, já que ambas podem apresentar sintomas semelhantes. Essa semelhança nos sintomas pode dificultar a distinção entre os dois estados.
Por exemplo, tanto na hiperglicemia quanto na hipoglicemia, é comum sentir fadiga, tontura e até mesmo confusão. Isso pode gerar dúvidas na identificação do problema. Às vezes, somente com um monitoramento preciso dos níveis de açúcar no sangue é possível diferenciar entre os dois.
Essa semelhança nos sintomas é motivo suficiente para destacar a importância de procurar orientação médica ou de um profissional de saúde, como o nutricionista, para uma avaliação detalhada. Isso é essencial para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado, especialmente se os sintomas persistirem ou se tornarem recorrentes.
Portanto, se você ou alguém que você conhece experimentar sintomas que sugerem um desequilíbrio nos níveis de açúcar no sangue, é fundamental buscar ajuda para uma avaliação minuciosa. Isso garantirá a identificação correta do problema e a implementação das medidas necessárias para lidar com a situação de maneira adequada e oportuna.
Resumindo:
Como vimos, entender a diferença entre hiperglicemia e hipoglicemia é difícil, pois muitos sintomas são parecidos, mas é algo essencial para manter a saúde.
E uma orientação final que deixo para você é de sempre fazer escolhas alimentares que possam regular os níveis de açúcar no sangue, para que não fiquem nem acima ou abaixo do ideal.
Equilibrar a dieta com alimentos saudáveis (frutas, legumes, grãos integrais, carnes magras, etc.), monitorar o consumo de carboidratos (preferindo sempre os carboidratos complexos) e manter uma alimentação regular (com horários/fracionamento bem estabelecidos) são estratégias-chave para lidar com esses desequilíbrios e promover uma melhor qualidade de vida.
Lembre-se sempre de que, em casos de sintomas persistentes ou situações extremas, é essencial buscar orientação médica para um tratamento mais específico e personalizado.
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